O uso do light steel frame (estrutura de aço leve) em edificações residenciais vem se tornando cada vez mais frequente no Brasil. Além de benefícios como agilidade na construção, menor peso estrutural e conforto térmico e acústico, ainda podemos citar a estanqueidade quanto à umidade nas edificações.

Como estamos localizados em um país subtropical onde há incidência de chuvas frequentes e por períodos prolongados, devemos estar atentos aos possíveis danos às construções em geral. Mas por que isso não seria uma preocupação na construção a seco?

Os materiais utilizados têm alta durabilidade e resistência. Antes mesmo de iniciar a construção já pensamos quais materiais devem compor a edificação de acordo com variação de temperatura, localização, ações de ventos, de chuvas e outros fatores.

Na construção a seco existem três componentes que, aliados a boas práticas e processos da mão de obra, nos garantem essa proteção à umidade. São eles: impermeabilização da fundação, manta asfáltica e a membrana hidrófuga.

Sabemos que o solo contém água e que, dependendo do meio em que se encontra, essa água é transferida para os outros elementos construtivos por capilaridade. A impermeabilização da fundação e a manta asfáltica cumprem a função de não deixar a umidade do solo atingir as camadas superiores. Já a membrana hidrófuga cria uma barreira em toda área externa da edificação, impossibilitando a entrada de água ao mesmo tempo em que permite a saída de vapores internos.

O acompanhamento da equipe técnica é fundamental para supervisionar as etapas de execução, conferindo se os materiais estão sendo aplicados conforme recomendação e também se estão sendo respeitados os afastamentos entre placas de fechamento das paredes e a fundação. Além disso, deve-se estar atento às manutenções preventivas de limpeza e aos acabamentos.

Assim, existindo essa harmonia entre materiais e métodos, o resultado é um sistema com alta resistência à umidade, alta durabilidade e sem problemas com fungos e bolores no interior das edificações, criados pelo excesso de umidade.

Patrícia Volpato, engenheira de interface da Mundo Steel