Desde pequenas as mulheres aprendem que precisam ser boas em tudo. Não basta apenas estudar, trabalhar e alcançar sucesso profissional. É preciso ser cuidadosa, emocionalmente disponível, bem apresentada e equilibrada. O peso das expectativas é invisível, mas exaustivo.
Chamamos isso de carga mental: a sobrecarga de responsabilidades invisíveis que recaem sobre as mulheres, seja no lar, no trabalho ou nas relações. São elas que muitas vezes organizam a casa sem que ninguém perceba, lembram de aniversários, gerenciam emoções alheias e conciliam múltiplos papeis sem espaço para falhas. E mesmo com jornadas duplas ou triplas, ainda precisam provar que são capazes, que são fortes, que merecem estar onde estão.
Mas esse cenário está mudando. Mulheres estão questionando, dividindo responsabilidades, rompendo com a ideia de que precisam dar conta de tudo sozinhas. O empoderamento passa por essa consciência: perceber o peso que nos foi imposto e decidir não carregá-lo sozinhas.
O mundo ainda exige mais das mulheres. Mas, a diferença agora é que elas sabem disso – e estão dispostas a mudar as regras do jogo. Se antes a força feminina era medida pelo quanto suportavam, agora ela se mede pelo quanto conseguem se libertar.