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Ansiedade em xeque: do ‘normal’ ao patológico

Xeque Mate

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Ansiedade em xeque: do 'normal' ao patológico
Ansiedade em xeque: do ‘normal’ ao patológico

Hoje muito se fala de saúde mental. Especialmente da ansiedade, um dos males do século, que aflige pessoas em diferentes faixas etárias e se manifesta independente de posição social ou cultural. Basta abrir uma rede social que logo encontramos debate, discussão, um famoso falando de sua experiência ou até mesmo uma enxurrada de receitinhas que te prometem “milagrosamente” a cura em 5 passos.

Isso sem falar do parente, amigo, ou coleguinha que te receita aquele “remedinho” que resolve. No entanto, poucas pessoas entendem que a ansiedade é uma reação natural do corpo e que, a até certo ponto, é benéfica. O problema está em quando se perde o controle e a ansiedade começa a interferir na capacidade deliberativa do indivíduo.

Na época dos nossos ancestrais, quando o perigo sobre a vida era iminente, a ansiedade era uma reação bastante lógica. O corpo se preparava para enfrentar qualquer desafio fisicamente, por exemplo fugir de uma ameaça próxima. Esta é uma das características do sucesso da espécie humana: antecipar o perigo. Isso requer uma preparação geradora de ansiedade. Ou seja: a ansiedade é um estado emocional “normal”, que precede a conclusão de algum evento. Na contemporaneidade, no entanto, nossos “perigos” e ameaças são outras: um compromisso de trabalho, apresentação de um trabalho em público, um evento social, uma viagem… Com isso, essa reação natural do corpo parece não fazer muito sentido, pois não nos ajuda a combater o problema. Uma evolução da sociedade, mas não da reação do nosso corpo.

Mas, quando esse sentimento de ansiedade, estar ansioso, se diferencia de um sofrer de transtorno de ansiedade? O que vai diferenciar o sentimento de ansiedade de um transtorno é a intensidade de manifestação e frequência. Portanto, sentir ansiedade na antecipação de eventos, compromissos ou outras situações é “normal”. Já quando esse sentimento é insistente ao longo de meses, em situações diversas e paralisa o indivíduo, impedindo-o da realização de tarefas cotidianas, faz-se necessária a busca por ajuda psicológica e médica.

Pensar em o que causa esses eventos é pensar não somente na predisposição genética ou nos fatores ambientais, mas também na individualidade do sujeito e sua capacidade emocional em resposta ao próprio ambiente e seus desafios. Cada pessoa possui uma forma de enxergar e lidar com o mundo. Do mesmo modo, existem coisas que causam maior preocupação em algumas pessoas do que em outras. Por isso, a causa da ansiedade é singular e experiência única de cada sujeito.

 

O transtorno de ansiedade, quando não tratado ou quando negligenciado, pode prejudicar seriamente a vida do indivíduo nos aspectos profissionais, acadêmicos, sociais e até sexuais. Seja preocupação excessiva, falta de foco ou distração, o medo às vezes simples de interações levam o sujeito a evitar encontros, a conhecer novas pessoas e ter problemas com trabalho, chegando muitas vezes ao isolamento e também em alguns casos ao alcoolismo, uso de drogas, à depressão e à incapacidade funcional. Ressaltando que a interação do indivíduo em sociedade é fundamental para a manutenção da sua saúde mental.

 

O tratamento através da palavra pode auxiliar na identificação dos pensamentos, proporcionar uma compreensão destes na interferência de seus sentimentos e possibilitar uma transformação. Estar atento aos sintomas e reconhecer que precisa de ajuda é a atitude mais acertada para os que sofrem de transtorno de ansiedade. Porém, infelizmente muitas pessoas preferem conviver com a ansiedade excessiva por receio em procurar uma ajuda se condenando a uma vida de infelicidade.[/vc_column_text][gsf_space desktop=”90″ tablet=”70″ tablet_portrait=”60″ mobile_landscape=”50″ mobile=”40″][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column width=”1/4″][vc_single_image image=”2918″ alignment=”center” style=”vc_box_shadow_circle” el_class=””][/vc_column][vc_column width=”3/4″][vc_custom_heading text=”Leonardo Silva” font_container=”tag:h3|text_align:left|color:%23dd3333″ google_fonts=”font_family:ABeeZee%3Aregular%2Citalic|font_style:400%20regular%3A400%3Anormal” el_class=””][vc_column_text el_class=””]Psicólogo clínico e amante da psicanálise. Pós-graduando em Saúde Mental, Psicopatologia e Atenção Psicossocial {Unopar) e em Psicanálise e Saúde Mental (Pitágoras)[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]